sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Personagens (características)

-Bacamarte:  Sério , orgulhoso , voltado para a profissão.Tinha um lado "obscuro" .Ninguem poderia contrária-lo,pois ele se achava "o mais importante " da cidade.
-Crispim:  Ele ficava a favor de quem estava no poder,sendo,por isso,desleal
-Evarista: Ambiciosa,invejosa e alienada.
-Canjica: Aparentemente ele queria justiça,mas,na verdade,ele queria poder.

Filmes com a mesma temática ²

- A Troca (Sinopse):



Após sair para trabalhar em uma manhã de sábado, o filho de ChristineCollin (Angelina Jolie) é seqüestrado. Desde então, ela passa a orarfervorosamente para que seu filho retorne para casa. Assim, com aajuda do reverendo Briegleb (John Malkovich) e após meses  de buscas, finalmente, a polícia encontra o garoto. Mas algo está errado e, em seu coração, Christine desconfia que ele não seja seu filho verdadeiro.

Trailer:
  


Filmes com a mesma temática

-A Ilha do Medo (Sinopse):
 :
Em 1954, o detetive Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de uma assassina, que fugiu de um hospital psiquiátrico e está supostamente foragida na remota Ilha Shutter. Quanto mais perto da verdade ele chega, mais enganosa ela se torna.



Trailer:

Características da obra

Características de Machado de Assis encontradas no conto O Alienista:

Frases Curtas ;"Linguagem correta" ,Conversa com o Leitor ; Análise psicológica das personagens ; 
Algumas características filosófico-científicas da época ;Apreensão da realidade ; o nível de realidade e descrição e a precisão de detalhes.

Biografia Machado de Assis



Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender.  Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.

Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre.  Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a revista O Espelho (como crítico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada(onde, além do nome, usava o pseudônimo de Dr. Semana) eJornal das Famílias.
  
Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor.  No ano de 1862 era censor teatral, cargo que não rendia qualquer remuneração, mas o possibilitava a ter acesso livre aos teatros. Nessa época, passa a colaborar em O Futuro, órgão sob a direção do irmão de sua futura esposa, Faustino Xavier de Novais.

Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.

Em 1867, é nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial.

Agosto de 1869 marca a data da morte de seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de três meses depois, em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um  casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.

Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872.  Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida.

No O Globo de então (1874), jornal de Quintino Bocaiúva, começa a publicar em folhetins o romance A mão e a luva. Escreveu crônicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Estação e Revista Brasileira.
Sua primeira peça teatral é encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura.

Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.
Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.
Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.

Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data(1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), Relíquias da casa velha (1906).
Torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia, no ano de 1889.

Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.
É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.
Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.
Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica.  ...  Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

O Alienista -Início

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Filha de Feiticeira - Destino das personagens


 Após muitos anos de pesquisas realizadas por e-mails, cartas e todos os tipos de ajuda, Alison Ellman concluiu que os destinos das peronagens foram os seguintes:
    Martha: A mulher, que depois da morte da avó de Mary foi sua principal orientadora mudou-se para Salém, onde conheceu um homem muito simpático, que por sua vez empregou Tobias em seu mercadinho. Depois de três meses se tornou o marido de Martha. No casamento, Martha resolveu prestar uma homenagem á Mary, deixando o posto de madrinha a ela, mesmo não sabendo aonde se encontrava e se ao menos um dia ela voltaria.
    Tobias: Como citado acima, Tobias foi empregado na vendinha de Salém e foi o responsável pela apresentação de Martha ao seu atual marido. Tobias também foi um exemplar pai de família, colaborando para a educação de seu filhos.
    Rebecca: Apesar de jovem, Rabecca conseguiu educar seus filhos(teve mais dois:Maryann e Tomás)com a ajuda de sua mãe. Aprendeu a costurar com Martha e com outras mães de família montaram uma pequena confecção de roupas que foi muito lucrativa.
    Jonah: Jonah decidiu não ir para Salém fim de terminar o seu tão esperado livro sobre plantas medicinais. Ele achou que acompanhando os amigos, não teria muitas chances de descobrir plantas novas, pois a cidade não tinha muitas variedades, e não conseguiria concluir sua pesquisa. E ele estava certo, seu livro foi um enorme secesso entre os cientistas naturais e ganhou muito prestígio entre eles.
    Jack Gill: Como Mary tinha previsto, Jack Gill morreu jovem, vítima em um ataque de baleia resultando em um naufrágio . Mas antes do acontecimento, enriqueceu muito com sua tropa de navios pesqueiros.
    Reverendo Johnson: Após a morte da esposa, Sr. Johnson decidiu recomeçar sua vida no sul do país. Elias Cornwell o acompanhou e juntos montaram uma pequena capela, que foi crescendo e crescendo e acabou virando uma catedral. De vez em quando Johnson ia visitar seu filhos no sul, que quiseram ficar com a irmã de seu pai, uma mulher muito boa e que os adorava.
    Meninas Van: Insultando a todos, as quatro meninas se tornaram tão insuportáveis que nem seus próprios pais conseguiram as aguentar. Deixaram-nas com uma parente que não dava a mínima atenção para seus xingamentos e insultos, mas dava casa,comida e roupa lavada.
    Mary: A protagonista do romance se refugiou com os índios. Eles a receberam com muito afeto e carinho, principalmente o mais jovem, com quem depois de um tempo se casaram num ritual indígena bastande exótico. O casal teve uma filha chamada Eliza (em homenagem a mãe de Mary, que só a descobrira depois que já a tinha perdido, indo para a América). A criança herdou os poderes da mãe, mas escondida com os pais, não teve os mesmos problemas que Mary em relação a sua avó.

Puritanos vão aos EUA


Os puritanos

Um segundo grupos de colonos estabeleceu a Colônia da Baía de Massachusetts em 1629. Este grupo foi o dos puritanos, que buscava reformar a Igreja Anglicana através da criação de uma nova e pura igreja no Novo Mundo. Esta expedição consistiu-se em 400 puritanos, convocados pela Companhia da Baía de Massachusetts. Em dois anos, outros dois mil puritanos desembarcaram na América, em ondas sucessivas de imigração conhecidas como a "Grande Migração". No Novo Mundo, os puritanos criaram uma sociedade profundamente religiosa, mas politicamente inovadora, que ainda perdura atualmente nos Estados Unidos.

Revolução Inglesa


A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688. As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas.
Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, limpando terreno para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa.

Resumo- filha de feiticera

Ambientado no século XVII, o primeiro romance de Celia Rees lançado no Brasil conta a história de Mary Nuttall, uma adolescente que não conhece os pais e que acaba de perder a avó, condenada à forca sob acusação de feitiçaria - prática intolerável numa Inglaterra em que o puritanismo mais tacanho dita as regras. Para não ter o mesmo destino, a jovem Mary se vê obrigada a fugir para a América, onde as comunidades religiosas fundadas por imigrantes começam a prosperar. Mas a menina ainda precisa manter ocultos os seus dons de clarividência: afinal, os valores religiosos do Velho Mundo, sinônimo de sofrimento e castração aos olhos de Mary, também estão presentes entre os colonos ingleses. A novidade virá do convívio com os nativos americanos, cuja espiritualidade se liga diretamente à natureza e fascina a jovem feiticeira. Narrado em forma de diário, o romance traz a idéia poderosa - ou o feitiço - de que emancipação e caráter dependem do modo de cada um encarar as coisas.

Celia Rees - biografia

Celia Rees (nascida em 1949) é uma autora Inglêsa de literatura infantil, incluindo alguns livros de horror e fantasia. 
Ela nasceu em 1949 [1] em Solihull, West Midlands, mas agora vive em Leamington Spa com o marido e com filha adolescente. 
Rees prestou Universidade de Warwick e obteve um diploma em História da Política. Depois da universidade, ela ensinou Inglês nas escolas secundárias para Coventry 17 anos, período em que ela começou a escrever. 
Durante seu tempo no ensino ela pediu vários de seus alunos por que eles não leram os livros que lhe deram e que eles queriam ler. 
Os alunos disseram que queriam livros com ação, horror, perigo, magia e piratas.
Todos estes são temas principais em seus livros.

Filha De Feiticeira - Inicio

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

biografia de Camilo Castelo Brando-Amor de perdição

Camilo Castelo Branco teve uma vida atribulada, passional e impulsiva. Uma vida tipicamente romântica.
Camilo Castelo Branco, primeiro visconde de Correia Botelho, nasceu em Lisboa, no Largo do Carmo, a 16 de Março de 1825.
De uma família da aristocracia de província, era filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, nascido na casa dos Correia Botelho em 1778, que teve uma vida errante entre Vila Real, Viseu e Lisboa, tomando de amores por Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, com quem não casou, mas de quem teve os seus dois filhos. Camilo foi assim perfilhado por seu pai em 1829, como "filho de mãe incógnita".
Foi órfão de mãe quando tinha um ano de idade e de pai aos dez anos, o que lhe criou um carácter de eterno insatisfeito com a vida. Estando órfão, foi recebido por uma tia de Vila Real, e depois por uma irmã mais velha, Carolina Rita Botelho Castelo Branco, em Vilarinho de Samardã, em 1839, recebendo uma educação irregular através de dois padres de província.


O jovem Camilo retratado por Bottelho.
Na sua adolescência formou-se lendo os clássicos portugueses e latinos, literatura eclesiástica e em contacto com a vida ao ar livre transmontana.
Com apenas dezesseis anos (1841), Camilo casa com Joaquina Pereira de França e instala-se em Friúme (Ribeira de Pena). O casamento precoce parece ter sido resultado de uma mera paixão juvenil, não tendo resistido muito tempo. No ano seguinte prepara-se para ingressar na Universidade, indo estudar com o Padre Manuel da Lixa, em Granja Velha.
O seu carácter instável, irrequieto e irreverente leva-o a amores tumultuosos (Patrícia Emília, a freira Isabel Cândida).
Ainda a viver com Patrícia Emília de Barros, Camilo publicou n'O Nacional, correspondências contra José Cabral Teixeira de Morais, governador civil. Devido a esta desavença é espancado pelo «Olhos-de-Boi», capanga do governador. As suas irreverentes correspondências jornalísticas valeram-lhe, em 1848, nova agressão a cargo de Caçadores 3. Camilo abandona Patrícia nesse mesmo ano, fugindo para casa da irmã, residente agora em Covas do Douro.
Camilo tenta então o curso de Medicina no Porto que não conclui, optando depois por Direito. A partir de 1848 faz uma vida de boémia repleta de paixões, repartindo o seu tempo entre os cafés e os salões burgueses, dedicando-se entretanto ao jornalismo. Em 1850 tomou parte na polémica entre Alexandre Herculano e o clero, publicando o opúsculo O Clero e o Sr. Alexandre Herculano, defesa que desagradou a A. Herculano.
Apaixona-se por Ana Plácido, e quando esta se casa, tem, de 1850 a 1852, uma crise de misticismo, chegando a frequentar o seminário que depois abandona. Ana Plácido tornara-se mulher de um negociante de seu nome, Pinheiro Alves, um brasileiro que o inspira como personagem em algumas das suas novelas, muitas vezes com carácter depreciativo. Seduz e rapta Ana Plácido e, depois de algum tempo a monte, são capturados pelas autoridades e depois julgados. Naquela época o caso emocionou a opinião pública pelo seu conteúdo tipicamente romântico do amor contrariado, que se ergue à revelia das convenções e imposições sociais. Presos na cadeia da relação do Porto, escreveu Memórias do Cárcere, tendo conhecido o famoso delinquente Zé do Telhado. Depois de absolvidos do crime de adultério, Camilo e Ana Plácido passam a viver juntos, contando ele trinta e oito anos de idade.
Entretanto, Ana Plácido tem um filho, teoricamente do seu antigo marido, ao que se somam mais dois de Camilo. Com uma família tão numerosa para sustentar Camilo vai escrever a um ritmo alucinante.
Quando o ex-marido de Ana Plácido, falece em 1863, o casal vai viver para a sua casa, em São Miguel de Seide.
Em 1870 vai viver para Vila do Conde motivado por problemas de saúde, aí se mantendo até 1871. Foi em Vila do Conde que escreveu a peça de teatro "O Condenado", bem como inúmeros poemas, crónicas, artigos de opinião e traduções. A peça "O Condenado" é representada no Porto em 1871. Outras obras de Camilo estão associadas a Vila do Conde. Na obra "A Filha do Arcediago", relata a passagem de uma noite do Arcediago com um exército numa estalagem, conhecida pela Estalagem das Pulgas. Essa estalagem pertencera outrora ao Mosteiro de São Simão da Junqueira, e situa-se no lugar Casal de Pedro, freguesia da Junqueira. Camilo dedicou ainda o romance "A Engeitada” a um ilustre vilacondense seu conhecido, o Dr. Manuel Costa.

Camilo Castelo Branco vinha regularmente à Póvoa de Varzim entre 1873 e 1890, perdendo-se no jogo e escrevendo parte da sua obra no antigo Hotel Luso-Brazileiro junto do Largo do Café Chinês. Camilo reunia-se com personalidades de notoriedade intelectual e social, como o pai de Eça de Queirós, José Maria d'Almeida Teixeira de Queirós, magistrado e par do reino, o poeta e dramaturgo poveiro Francisco Gomes de Amorim, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, entre outros. Sempre que vinha à Póvoa, convivia regularmente com o Visconde de Azevedo no Solar dos Carneiros.
Francisco Peixoto Bourbon conta que Camilo, na Póvoa, "tendo andado metido com uma bailarina espanhola, cheia de salero, e tendo gasto, com a manutenção da diva, mais do que permitiam as suas posses, acabou por recorrer ao jogo na esperança de multiplicar o anémico pecúlio e acabou, como é de regra, por tudo perder e haver contraído uma dívida de jogo, que então se chamava uma dívida de honra." A 17 de Setembro de 1877, Camilo viu morrer na Póvoa o seu filho predilecto Manuel Plácido, do primeiro casamento com Ana Plácido, de 19 anos, que foi sepultado no cemitério do Largo das Dores.
Camilo era conhecido pelo mau feitio. Na Póvoa mostrou outro lado. António Cabral nas páginas d'«O Primeiro de Janeiro» de 3 de Junho de 1890, conta: "No mesmo hotel em que estava Camilo, achava-se um medíocre pintor espanhol, que perdera no jogo da roleta o dinheiro que levava. Havia três semanas que o pintor não pagava a conta do hotel, e a dona, uma tal Ernestina, ex-actriz, pouco satisfeita com o procedimento do hóspede, escolheu um dia a hora do jantar para o despedir, explicando ali, sem nenhum género de reservas, o motivo que a obrigava a proceder assim. Camilo ouviu o mandado de despejo, brutalmente dirigido ao pintor. Quando a inflexível hospedeira acabou de falar, levantou-se, no meio dos outros hóspedes, e disse: - a D. Ernestina é injusta. Eu trouxe do Porto cem mil réis que me mandaram entregar a esse senhor e ainda não o tinha feito por esquecimento. Desempenho-me agora da minha missão. E puxando por cem mil réis em notas entregou-as ao pintor. O Espanhol, surpreendido com aquela intervenção que estava longe de esperar, não achou uma palavra para responder. Duas lágrimas, porém, lhe deslizaram silenciosas pela faces, como única demonstração de reconhecimento".
Em 1885 é-lhe concedido o título de visconde de Correia Botelho e posteriormente, a 9 de Março de 1888 casa-se finalmente com Ana Plácido.
Camilo passa os últimos anos da sua vida ao lado de Ana Plácido, não encontrando a estabilidade emocional por que ansiava. As dificuldades financeiras, e os filhos dão-lhe enormes preocupações: considera Nuno irresponsável e Jorge sofre de uma doença mental.
A progressiva e crescente cegueira (causada pela sífilis), impede Camilo de ler e de trabalhar capazmente, o que o mergulha num enorme desespero.
Camilo Castelo Branco, depois da consulta a um oftalmologista que lhe confirmara a gravidade do seu estado, em desespero desfere um tiro de revólver na têmpora direita, às 15h15 de 1 de Junho de 1890, acabando por morrer às 17h00 desse mesmo dia.
Residiu também em Vila do Conde.


Simão Botelho e Teresa de Albuquerque pertecem a famílias distintas, que se odeiam. Moradores de casas vizinhas, em Viseu, acabam por se apaixonar e manter um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem de tudo para combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque (o pai de Teresa), após recorrentes tentativas de casar sua filha a um primo acaba por interná-la num convento. Após luta travada com os criados do primo de Teresa, Simão Botelho permanece na casa de um ferreiro devedor de favores ao seu pai. A filha do ferreiro, Mariana, acaba também por se apaixonar por Simão, constituindo um triângulo amoroso. Teresa e Simão mantêm contato por cartas. Este, numa tentativa de resgatar Teresa do convento, acaba por balear o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à forca. Mais tarde, as influências de seu pai, antigo corregedor, irão mudar a pena para dez anos de degredo na Índia. Ao embarcar, vê Teresa, que morre tuberculosa. Nove dias depois, doente, Simão acaba por morrer também, e no momento em que vão lançar o corpo ao mar, Mariana, filha do ferreiro, lança-se ao mar

sábado, 6 de agosto de 2011

relaçao entre vida de autor e obra-Amor de perdiçao


O Camilo Castelo Branco teve alguns problemas com suas famílias com o simão e a terza ele teve relações amorosas com varias pessoas
O livro Amor de Perdição é um romance do autor Camilo Castelo Branco. Durante uma vida de 64 anos ele escreveu textos monumentais. Passou por momentos difíceis e transportou para seus livros emoções fortes e contagiantes. Um mundo criado à sua imagem e semelhança. Há sentimento, paixão, cinismo, sarcasmo, ensinamentos morais, emoção, drama, ódio, amor, comédia, blasfêmia, oração. Provoca elogios e críticas. E é nesse meio que surgiu Amor de Perdição

resumo-Amor de perdição

Os pais de Teresa e Simão eram inimigos “por motivos de litígios, em que Domingos Botelho lhe deu sentenças contra”. Afora isso, ainda no ano anterior dois criados de Tadeu de Albuquerque tinham sido feridos na celebrada pancadaria da fonte. É, pois, evidente que o Amor de Teresa, declinando de si o dever de obtemperar e sacrificar-se ao justo azedume de seu pai, era verdadeiro e forte. “(p.29)”. O tema do impedimento amoroso é vasto em literatura, como recorrência; Camilo usa aqui o arquétipo conhecido e usado, inclusive, por Shakespeare em Romeu e Julieta: o amor impossível, pais inimigos que não aceitam o amor entre os filhos. Simão e Teresa viam-se discretamente, sem que a família ou vizinhos pudessem suspeitar deles. Prometiam-se um futuro: "O destino que ambos se prometiam era o mais honesto: ele ia formar-se para poder sustentá-la, se não tivessem outros recursos; ela esperava que seu velho pai falecesse para, senhora sua, lhe dar, com o coração, o seu grande patrimônio”.

opiniao-Amor de Perdiçao

nós achamos o livro muito interessante em relação a historia,porem a escrita é muito complicada pois algumas coisas estão em português de Portugal

filme-Amor de Perdiçao


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Invictus

invictus-poster
A Warner Brothers divulgou o primeiro poster oficial do novo filme de Clint Eastwood “Invictus”, no qual Morgan Freeman interpreta Nelson Mandela e Matt Damon o jogador de rugby Francois Pienaar. O trailer do longa ainda não tem data oficial para sair, mas não deve demorar muito.
A expectativa em cima deste filme se dá por várias pessoas  estarem dizendo que “Invictus” é o grande favorito a ganhar o Oscar de melhor filme. Dizem isto sem ao menos terem visto ao menos um segundo das imagens.
Dirigido pelo conhecido Clint Eastwood e com roteiro de Anthony Peckham o filme é baseado no livro de John Carlin “Playing the Enemy”.A Warner Bros lança “Invictus” oficialmente nos cinemas americanos no dia 11 de Dezembro.
SINOPSE
“Invictus” mostra Nelson Mandela, depois da queda do apartheid na África do Sul e durante seu primeiro mandato como presidente, quando se esforçou para que o país sediasse Copa do Mundo de Rugby de 1995. Uma grande oportunidade para unir seus compatriotas.

Kalahari deserto africano

Localizado ao sul da África, o Deserto de Kalahari ou Calaari possui cerca de 900.000 km²  de extensão, distribuídos pelas regiões da Botsuana, Namíbia e África do Sul. Seu nome é derivado da palavra Kgalagadi cujo significado é “a grande sede”. O deserto é parte da bacia de areia que se estende desde o rio Orange até Angola, no oeste da Namíbia e no leste do Zimbábue.
A formação do Deserto de Kalahari se deu pela corrente marítima fria de Benguela, que atua na costa sudoeste da África, condensando o vapor de água que segue em direção ao continente o que faz com que as massas de ar  cheguem mais secas ao mesmo, e consequentemente formando o deserto.
A flora do Kalahari apresenta árvores dispersas, como palmeiras e baobás, formações arbustivas, matagais xerófitos e herbáceos próprias da savana. A fauna é constituída principalmente por suricatas e hienas. Embora pouco desenvolvida em toda a extensão do território, a flora é mais densa no norte. Além da vasta área coberta por areia avermelhada sem afloramento de água em caráter permanente.
Estudiosos afirmam que o Kalahari não é um deserto propriamente dito, pois partes dele recebem mais de 250 mm de chuva mal distribuída anualmente e possuem bastante vegetação. O clima é árido somente no sudoeste (menos de 175 mm de chuva ao ano), o que faz do Kalahari um deserto de fósseis. As temperaturas no verão vão de 20 a 40 °C, podendo alcançar 50 °C e no inverno, o clima é seco e frio com geada à noite, podendo ficar abaixo de 0 °C. Apesar de não se parecer com um deserto, ele se comporta como um.
Durante a curta estação chuvosa se transforma em um grande paraíso de vegetação exuberante e uma fauna colorida e animada.
No entanto, o clima do Kalahari é bastante imprevisível, considerado seco e temperamental. Pode chover muito forte em um dia, a chuva que produz inundações que tudo varrem, enquanto no dia seguinte pode ser tão seco como sempre. Portanto, a capacidade de sobrevivência e adaptação ao deserto de Kalahari é difícil.
Devido ao enorme potencial econômico, o deserto sofre ameaças dos recursos naturais. A região conta com grandes reservas de urânio, carvão mineral, cobre e níquel. Algumas empresas de mineração exploram e devastam o deserto. Além disso, uma das maiores minas de diamantes do mundo, está localizado na Orapa no Makgadikgadi, uma depressão do nordeste do Kalahari.

Biografia e prisão de Nelson

Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.

Curiosidades

Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.

Frases do Nelson

Algumas frases de Nelson Mandela

- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."
- "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."
- "Não há caminho fácil para a Liberdade."
- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre."
- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."
- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo." 

Apartheid(Nelson Mandela)

Luta contra o apartheid

O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.

Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.

Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.

Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.

Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos. 

Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.

Descrição

  • Kalahari: Uma Aventura no Deserto Africano

    Não existe coisa mais bonita no mundo do que um amigo chamando por outro.
    Provérbio dos bosquímanos, caçadores nômades do Deserto do Kalahari, um povo pequenino, ágil e resistente, sábios de natureza.
    Essas e outras fantásticas liçõs e vivência vão unir o carioca Eduardo, 15, e a australiana Karin, 16, no universo mágico e complexo do sul da África contemporâneo.
    Uma homenagem a Nelson Mandela, símbolo máximo da luta contra o racismo, numa narrativa cinematográfica e envolvente em que não faltam ação, aventura e uma boa dose de sabedoria milenar.
    Uma história encantadora que aborda questões extremamente atuais, como a preservação do meio ambiente, a pluralidade cultural e os limites da ética no mundo globalizado, e capta a atenção do início ao fim.

  • Editora: Melhoramentos
  • Autor: ROGERIO ANDRADE BARBOSA
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2009
  • Número de páginas:128

Biografia de Rogério Andrade Barbosa (Autor Kalahari)

Professor, ex-voluntário das Nações Unidas na Guiné-Bissau, África, graduou-se em Letras pela UFF e fez pós-graduação em Literatura Infantil Brasileira na UFRJ.

Trabalha na área de Literatura Afro-Brasileira e em programas de incentivo à leitura, proferindo palestras e ministrando cursos - além de viajar pelo Brasil afora nas asas do projeto Proler, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 1994, participou como autor convidado e contador de histórias das feiras do livro de Frankfurt (Alemanha) e de Guadalajara (México). Em 1995, do II Encontro Iberoamericano de Literatura para crianças e jovens, em Havana (Cuba). Em 2000, do 27º Congresso do IBBY, em Cartagena (Colômbia). Em 2001, da feira de livros de Bolonha (Itália) e de Guadalajara (México). Em 2002, do 28º Congresso do IBBY, em Basel (Suíça). Autor indicado para a lista de honra do IBBY de 2002.

Atualmente, é membro do conselho consultivo da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e presidente da AEI-LIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil).

É autor de mais de trinta livros, publicados no Brasil e no exterior, entre eles: A vingança do falcão, Rômulo e Júlia: os caras-pintadas, Os segredos da múmia do gelo, A maldição das inscrições na Pedra da Gávea, O perigo mora nas ruas, Mapinguari: o devorador de cabeças.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Segunda fase do Modernismo

Foi um período extremamente rico tanto em termos de produção poética quanto de prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, incorporando preocupações relativas ao destino dos homens e ao "estar-no-mundo".

Em 1945, ano do fim da guerra, das explosões atômicas, da criação da ONU e, no plano nacional, da derrubada de Getúlio Vargas, abre-se um novo período na história literária do Brasil.

Primeira Fase Do Modernismo

O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945.A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas. 

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

modernismo brasileiro

modernismo brasileiro(Cecília Meireles)

semana da arte moderna




Semana de Artes Moderna

Semana de Arte Moderna (1922) é considerada o marco inicial do Modernismo brasileiro. Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo, movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia formal. Propunham uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional. Cansados da mesmice na arte brasileira e empolgados com inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os artistas romperam as regras preestabelecidas na cultura. 

Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras 
literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda européia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas brasileiros. 
Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou todo o século XX e pode ser entendida até hoje. 

domingo, 15 de maio de 2011

Poema:


Características:Um poema é composto de vários versos e estrofes.Os poemas têm elementos sonoros importantes, como métrica, ritmo e rima, justamente porque eram acompanhados de música e dela guardam esses elementos.
 Geralmente, o poema apresenta-se em verso. O primeiro a fazer será a análise métrica do poema, com inclusão de um comentário sobre todos os aspectos métricos: versos, pausas, acentos, rimas e estrofes. É preciso ter em conta que alguns poemas não apresentam uma métrica tradicional, masverso livre, o qual não responde a nenhum dos aspectos métricos citados.
 No verso,  indica-se o  nome, classificação e origem, ( por exemplo: o verso alexandrino é um verso de arte maior, composto por versos heptassílabos, de origem  medieval). As pausas finais são as que marcam  verdadeiramente o verso, por isso se deve também fazer referência. Pode-se fazer ainda alusão aos ritmos presentes no poema. A rima é outro aspecto formal importante, não esquecer de assinalar o tipo e o esquema rimático.

Definição de Poema:
Poema é uma obra literária que é apresentada no formato de versos.  Um poema pode ser a respeito de vários temas, porém os mais comuns são: amor, valorização da natureza, tema épico, feito heróico, etc.A
 pessoa que se dedica à criação de poemas denomina-se poeta (masculino) ou poetisa (feminino).

Analizando Um Poema:

Estrutura externa
     Geralmente, o poema apresenta-se em verso. O primeiro a fazer será a análise métrica do poema, com inclusão de um comentário sobre todos os aspectos métricos: versos, pausas, acentos, rimas e estrofes. É preciso ter em conta que alguns poemas não apresentam uma métrica tradicional, mas verso livre, o qual não responde a nenhum dos aspectos métricos citados.
      No verso,  indica-se o  nome, classificação e origem, ( por exemplo: o verso alexandrino é um verso de arte maior, composto por versos heptassílabos, de origem  medieval). As pausas finais são as que marcam  verdadeiramente o verso, por isso se deve também fazer referência. Pode-se fazer ainda alusão aos ritmos presentes no poema. A rima é outro aspecto formal importante, não esquecer de assinalar o tipo e o esquema rimático.
    Finalmente, comenta-se a estrofe. Na formulação tradicional são frequentes as composições de formas fixas: sonetos, p.ex., mas desde o Modernismo que aparecem esquemas métricos sem esquema fixo, para permitir a  livre criação ao poeta. 

Estrutura interna
    Na estrutura interna analisam-se as diversas partes em que podemos dividir o conteúdo do poema, adiantando, em parte , o significado do poema. A estrutura interna, por vezes, está muito ligada à estrutura externa. Muitas vezes são os recursos próprios da linguagem poética os facilitadores da divisão do poema, porém a sua delimitação é complexa e necessita que se atenda a diversos aspectos que a seguir se apresentam.
  • Morfologia.

 A Língua oferece múltiplas possibilidades expressivas, apresento algumas mais significativas:
 O substantivo: os valores do substantivo radicam mais do seu significado do que do seu aspecto morfológico. Talvez que o único aspecto morfológico que interessa mais é a presença de morfemas apreciativos- diminutivos, aumentativos e depreciativos. Em todos eles são os valores afectivos que se sobrepõem aos verdadeiramente denotativos. O poeta não aumenta ou diminui magnitudes, apenas manifesta a sua subjectividade face às realidades que alude o substantivo.
O adjectivo: Deve ser tido em conta pois as suas possibilidades são muito variadas. Aumentam segundo a sua função e frequência: desde o adjectivo com função de atributo aos adjectivos epítetos à volta do nome. A sua colocação face ao nome também é muito variável: por exemplo os adjectivos valorativos normalmente antepõem-se enquanto os objectivos se pospõem.
O verbo: Os valores modais, aspectais e temporais que o verbo oferece são muito usados por muitos poetas.
Determinantes e pronomes:  normalmente unem-se ao verbo para mostrar as pessoas gramaticais.
  •  Sintaxe

     Os recursos sintácticos mais frequentes são: paralelismo, repetição, hipérbato...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Biografia de Cecilia Meireles e autobiografia

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Crônicas - Tipos humanos

CONCEITUAÇÃO DA CRÔNICA tipos humanos, o registro de algo inesperado. P-or meio de assuntos de composição aparentemente sol-da crônica com a vida real e com seu cúmplice favorito, o leitor. Mas, apesar de seu ar despreo-Tudo é vida, tudo é motivo de experiência ou reflexão, divertimento e esquecimento momentâneo de si, sonho ou piada que nos transporta ao mundo da imaginação, para voltarmos um pouco mais sábios

Aqui vao algumas crônicas de tipos humanos:
-Os bons ladroes(Paulo mendes campos);
-Seras ministro(Carlos Drummond de andrade);
-Se nao me falha a memoria(Fernando Sabino);
-O padeiro (Rubem braga).

Curiosidades:

A crônica pode receber diferentes classificações,entre elas:
- a lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo;
- a humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano;
- a crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder;
- a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;
- e jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos, pode ser policial, esportiva, política,etc...

Características da Crônica:


A crônica é um texto narrativo que: 

-É, em geral, curto; 
-Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia; 
-Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes genéricos.
-As personagens não têm aprofundamento psicológico; são apresentadas em traços rápidos; 

-É organizado em torno de um único núcleo, um único problema; 
-Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A linguagem e o homem

as cronicas da linguagem e o homem mostram as ´girias` utilizadas pelo homem no dia-dia alterando a linguagem normal modificando-a para a do homem

cronicas-no mundo do consumo

a cesta de Paulo Mendes:essa cronica fala sobre um casal de classe media,que ganha uma cesta de coisas caríssimas,a mulher quer logo ficar  com a cesta porem seu marido acha que foi engano,eles devolvem e fica tudo bem.
caso de arroz de Carlos Mendes:essa cronica fala sobre uma mulher que comprou arroz,só que não podia comprar muito por isso ele saiu pelo cemitério.
aspirador de Fernando Sabino:fala sobre um homem que negocia um aspirador,só que não funciona e no final a mulher acaba limpando suas coisas sem o aspirador.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Que é Crônica ?

Crônica é uma narração. Uma história curta. É um gênero literário produzido para livros, jornais, internet, entre outros veículos de comunicação.
Crônica tem como mote o cotidiano.
Possui algumas características. Pode ser escrita tanto na primeira como na terceira pessoa. Ser sentimental ou despojada, sempre coloquial. Ter sido inspirada em fatos reais ou fictícios. Possuir uma linguagem irônica, séria ou humorística.  Independente de desfecho.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

crônicas-crianças

  nosso livro começa falando sobre cronicas relacionadas com crianças,nos comentamos em sala de aula a respeito do poder de manipulação das crianças hoje em dia.
   a cronica "hora de dormir" de Fernando Sabino  fala sobre um menino que tem que dormi porem não quer,ele discuti com seu pai,mas no final da conversa acaba com o mesmo assunto de antes,se o garoto  pode não dormir.
   a cronica "menina no jardim" de Paulo Mendes fala sobre uma bebezinha que esta brincando a luz do sol na grama porem vem um guarda te perturbar,mas no final a menina fica na grama.
   a cronica "no restaurante" de Carlos drummond fala sobre uma garotinha que vai a um restaurante com seu pai,ela quer lasanha porem seu pai quer camarão,depois de muita briga a menina come o camarão mas sua intenção é na verdade comer a lasanha no final,no fim ela come a lasanha e o camarão.
  a cronica "negocio de menino" de Rubem Braga fala sobre um menino que quer comprar um pássaro,ele quer negociar com um amigo de seu pai,porem não tem dinheiro e no fim ele pede um pássaro de presente.

crônicas-animais

   o nosso livro também tem como subititulo animais."o pintinho" de Carlos Drummond fala sobre um  pintinho que é "adotado",só que ele é maltratado e no fim acaba morrendo
   a "historia triste de tuim" de Rubem Braga fala sobre sobre um animal(tuim) que foi criado solto,perciguia seu dono,ele não sabia mais como se comportar como um animal,em um dia eles se mudaram pra cidade grande,mas o garoto não  podia deixar tuim sozinho,por isso cortou suas asas,mas sem asas não tinha como tuim fugir dos gato,e assim ele morreu assassinado por um gato.
  "a verdadeira historia de pio" de Paulo Mendes fala sobre um galo que se acostumo com a vida humana,ele foi levado para um galinheiro porem em vez de ter filhotes com alguma galinha ele matou as que se aproximavam dele,no fim ele acaba morrendo na "panela".

segunda-feira, 28 de março de 2011

Crônicas - Rubem Braga

Rubem Braga (Cachoeiro De Itapemirim,12 de Janeiro de 1913-  Rio De Janeiro,19 deDezembro de 1990) foi um escritor  um dos melhores cronistas brasileiros. Era irmão do poeta e jornalista Newton Braga.
Iniciou-se no jornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, no Correio do Sul,de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornal Diário da Tarde. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionlista deflagrada em São Paulo, na qual chega a ser preso. Transferindo-se para Recife, dirigiu a página de crônicas policiais no Diário de Pernambuco. Nesta cidade, fundou o periódico Folha do Povo. Em 1936 lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho, e fundou em São Paulo a revista Problemas, além de outras. Durante a Segunda Guerra Mundial, atuou como correspondente de guerra junto à F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira).
 Rubem Braga fez diversas viagens ao exterior, onde desempenhou função diplomática em Rabat, a capital do Marrocos, atuando também como correspon­dente de jornais brasileiros. Após seu regresso, exerceu o jornalismo em várias cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crônicas e críticas literárias para o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão. Sua vida como jornalista registra a colaboração em inúmeros perió­dicos, além da participação em várias antologias,entre elas a Antologia dos Poetas Contemporâneos.

Crônicas - Paulo Mendes Campos

      Nasceu a 28 de fevereiro de 1922, em Belo Horizonte - MG, filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de D. Maria José de Lima Campos. Começou seus estudos na capital mineira, prosseguiu em Cachoeira do Campo (onde o padre professor de Português lhe vaticinou: "Você ainda será escritor") e terminou em São João del Rei.
    Começou os estudos de Odontologia, Veterinária e Direito, não chegando a completá-los. Seu sonho de ser aviador também não se concretizou. Diploma mesmo, gostava de brincar, só teve o de datilógrafo. Muito moço ainda, ingressou na vida literária, como integrante da geração mineira a que pertence Fernando Sabino e pertenceram os já falecidos Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, João Ettiene Filho e Murilo Rubião. Em Belo Horizonte, dirigiu o suplemento literário da Folha de Minas e trabalhou na empresa de construção civil de um tio.
    Em 1951 lança seu primeiro livro, "A palavra escrita" (poemas).

     Casou-se, nesse mesmo ano, com Joan, de descendência inglesa, tendo tido dois filhos: Gabriela e Daniel.

Buscando meios de sustentar a família, Paulo Mendes Campos foi repórter e, algumas vezes, redator de publicidade

   Foi, também, hábil tradutor de poesia e prosa inglesa e francesa — entre outros Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin, Shakespeare, além de Neruda, tendo enriquecido sua experiência humana em viagens à Europa e à Ásia.

Em 1962, experimentou ácido lisérgico, acompanhado por um médico.  Relatou sua experiência em artigos publicados na revista "Manchete", depois reproduzidas em "O colunista do morro" e em "Trinca de copas", seu último livro. Disse que a droga abriu "comportas" e ele se deixou invadir pelo "jorro caótico"do inconsciente até sentir o peso e a nitidez das palavras que produziam um "milagre da voz". E completava: "A comparação não presta, mas por um momento eu era uma espécie de São Francisco de Assis falando com o lobo. O lobo também sabe que amor com amor se paga".
         

Crônicas-Fernando Sabino


Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 12 de Outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de Outubro de 2004) foi um escritor e jornalista brasileiro.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritos quando Fernando Sabino tinha apenas quatorze anos.
Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos da América, onde morou por dois anos em Nova Iorque com sua primeira esposa Helena Sabino e a primogenita Eliana Sabino.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para o Jornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Em 1966, fez a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o Jornal do Brasil. Fundou, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publicou livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Publicou O grande mentecapto em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em1989, e também para o teatro. Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"